Ser simples – Redação do Momento Espírita 4.8/5 (5)

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É uma verdade.
O que a vida espera de nós é que sejamos simples.

Ser simples não tem relação com nossa condição financeira, poder de compra, posição social ou escolaridade.

A simplicidade que a vida espera de nós nasce em nossa intimidade e se exterioriza em nossas manifestações.

Somos simples quando desejamos fazer o bem a alguém e buscamos a discrição e o anonimato.

Somos simples quando buscamos auxiliar um amigo em dificuldade financeira e encontramos meios de fazê-lo sem o constranger.

Ninguém saberá da nossa gentileza e generosidade.

Há simplicidade, em nós, quando conversamos com alguém menos escolarizado que, por uma razão ou outra, teve menos oportunidades de acesso à cultura e instrução, e não exibimos nosso saber.

Quando conduzimos o diálogo escolhendo temas que sejam do interesse e façam parte do cotidiano de ambos, a fim de que a conversa não se torne desigual.

Cuidamos da linguagem, dos exemplos e referências, de maneira que ele não se sinta desconfortável ou inferiorizado por uma fala que poderia soar arrogante ou prepotente.

E, embora tenhamos diplomas, especializações, mestrados e doutorados, jamais diremos, a quem quer que seja que não estudou porque não quis.

Afinal, não lhe conhecemos a vida, as lutas.
Por vezes, estar vivendo e cuidando do que nos parece sem maior importância, é a sua grande vitória.

Demonstramos nossa simplicidade quando alguém nos magoa, fere nossos sentimentos e optamos pelo perdão.

Embora perdoar não seja um exercício fácil, é bem mais simples do que guardar mágoas ou arquitetar vinganças.

Os caminhos do revide são complexos e geram consequências adversas para nós mesmos.

Assim, o perdão será sempre a opção mais tranquila e de resultados mais felizes.
Dessa maneira, será o caminho mais simples.

Jesus foi modelo de simplicidade.

Vindo de regiões celestiais para encarnar entre nós, optou fazê-lo no seio de uma família sem maiores destaques, em vilarejo de importância alguma.

Conhecedor de todas as leis de Deus, viveu por três décadas nos afazeres de uma carpintaria e no cotidiano de um povo subjugado, sem destacar-se ou demonstrar sua grandeza.

Em Seu apostolado, esteve com poderosos, ricos e influentes, tanto quanto com os párias, os doentes, os abandonados e invisíveis da sociedade.

Para uns e outros, tinha o amor como postura e parâmetro de convivência.

Simples eram as palavras de sabedoria com que anunciava o reino que veio oferecer a todos.

Estou entre vós como aquele que serve.
– Eis o seu grande discurso.

Eis o grande desafio da simplicidade.

*

Abandonemos sentimentos complexos que trazemos na alma e vivenciemos o singelo amor ao próximo.

Tenhamos sempre Jesus como referência, no difícil exercício de aprender a sermos simples como ele.

Prestemos atenção nos que nos rodeiam, naqueles que dependem de nós, que aguardam nosso gesto de compreensão, de compaixão, de amor.

Será a partir de pequenos e imperceptíveis exercícios diários, ao tratar a todos com a generosidade que o amor desperta, que passaremos a ser simples, que passaremos a ser mais felizes.

Redação do Momento Espírita

Em 27.
11.
2023

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