Serei feliz? – Redação do Momento Espírita 5/5 (1)

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Conta-se que uma jovem buscou um futurólogo e desabafou:

Tenho sofrido demais.
Parece que a má sorte não me perde de vista.
O que o senhor me aconselha para ser feliz?

O homem, que dizia ter a capacidade de prever o futuro, indicou o fulgor do sol nas árvores próximas e respondeu, otimista:

A felicidade mora com o trabalho.
Procure servir a conseguirá encontrá-la facilmente.
.
.

E, apontando para a luz lá fora, concluiu:

Lembre-se de que estamos à frente de um dia novo, um dia absolutamente sem igual.

A moça entendeu a advertência formulada com carinho.

Ficou pensativa, por alguns instantes, mas logo voltou a indagar:

O senhor acredita que serei feliz nesta vida?

O experiente e sábio amigo sorriu e considerou:

Filha, isso não sei.
Posso dizer-lhe apenas que a vida é uma viagem, cujos episódios dependem de nós e não me consta que já estejamos na vizinhança do porto.

* * *

Podemos ser felizes? É possível a felicidade aqui na Terra?

Quantas vezes nos teremos feito essa indagação, em meio a tantos desafios, a tantas aflições, e com o coração sedento de um sentimento de plenitude e paz.

O caminho da felicidade está posto: servir.

Sermos peça útil no mundo, sermos instrumentos do bem, da paz, coloca-nos, sem dúvida, nessa senda sem retorno.

Foram muitos os sábios que nos apontaram essa direção segura.
Almas experientes que concretizaram a jornada antes de nós e proclamaram: Sigam por aqui.
É mais seguro.

Este aqui sempre foi o caminho do trabalho, da doação, do amor ao próximo e a si mesmo.

É mais feliz aquele que ama, aquele que serve.
Não pelo que recebe em troca, mas simplesmente pelo que oferece.

Dessa forma, a vida na Terra, mesmo com suas alfinetadas sem fim, pode ser muito mais agradável, muito mais venturosa, se estivermos trabalhando no bem.

Um outro ponto importante diz respeito à ansiedade natural de querer ter a felicidade plena, completa, ainda nesta existência.

Nossa história é uma grande viagem.
A existência atual é apenas mais uma etapa.
Ainda estamos distantes do porto de chegada.

Compreensível, então, que a felicidade plena, aquela que só se desfruta na chegada, quando se cumpriu toda a jornada, virá mais tarde.

Não desanimemos.
Ela é certa e virá quando estivermos prontos.
A felicidade plena é uma construção, uma conquista natural para os que nos dedicamos a buscá-la, na essência.

Um pedagogo do século XIX perguntou sabiamente aos luminares espirituais:

Pode o homem gozar de completa felicidade na Terra?

A resposta, sem subterfúgios, clara, honesta, foi:

Não, pois a vida lhe foi dada como prova ou expiação.
Dele, porém, depende a suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.

Busquemos, diariamente, a suavização dos males que causamos a nós mesmos, mudando nossos hábitos, servindo e amando em todas as oportunidades.

Adicionemos, diariamente, um tijolo, uma pedra firme, na ponte que nos propomos construir rumo à felicidade plena, que nos aguarda, logo mais.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
A entrevista,

do livro Joia, dos Espíritos Emmanuel e André Luiz, psicografia de

Francisco Cândido Xavier, ed.
CEU e na pt.
4, cap.
1, questão 920,

de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, ed.
FEB.

Em 25.
4.
2023.

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