Descobrindo diamantes – Redação do Momento Espírita 5/5 (1)

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Quando aquele rico empresário adquiriu um dos mais famosos hotéis de Paris, o revitalizou totalmente.

E celebrou com uma grande festa.

Tudo ia bem até ele descobrir um garçom de cor negra, num dos salões.
De imediato, pediu ao filho que providenciasse a sua retirada.

Ele não desejava deslustrar a grandeza daquele momento.

O filho obedeceu.
Mas, depois, disse ao pai: Você sabe quem era aquele garçom? Ele serviu durante mais de trinta anos ao Rei Eduardo VIII, da Inglaterra.

No dia seguinte, o empresário chamou Sidney Johnson, para uma entrevista.

E descobriu que, aos dezesseis anos, foi contratado pelo Duque de Windsor, quando esse era Governador das Bahamas.

Quando retornou para a Europa, trouxe Johnson consigo e o promoveu.

Seu trabalho era ajudar o casal de Windsor nas tarefas diárias e acompanhá-los nas viagens ao Exterior.

Naturalmente, ele não estava habituado à etiqueta e a tudo que era exigido para servir a um rei que renunciara ao trono britânico.

Mas, como ele mesmo confessou, o exilado rei o ensinou, com paciência e gentileza.

Suas responsabilidades somente foram crescendo.
Johnson lhe escolhia as roupas para cada dia, com base em um sistema numérico que criaram juntos.

Tornaram-se próximos, ao longo dos anos.
Além de ensinar as tarefas que deveria executar, o Duque melhorou sua formação, oferecendo-lhe livros de grandes autores ingleses para leitura: de Charles Dickens a Shakespeare e Rudyard Kipling.

Com a morte do Duque, Johnson foi trabalhar como garçom no Hotel Ritz.

O grande empresário, que lhe ouvia o relato, o contratou como seu mordomo pessoal, em sua casa, em Paris.

Precisou de algum tempo para aceitá-lo, por causa dos seus preconceitos raciais.
No entanto, descobriu a riqueza que era aquele homem.

Quando, mais tarde, ele decidiu restaurar a casa do Duque e da Duquesa de Windsor e assumiu o contrato de arrendamento da mansão, transformando-a em um museu repleto de mobília real, confessou a grande ajuda de Johnson.

Ao Jornal New York Times, revelou: Johnson é um dicionário.
Ele é um homem muito culto.
Tirou todas essas coisas de caixas, cofres e depósitos, e conhece a história de cada um deles.

O antigo valete do Rei Eduardo, Duque de Windsor, viveu para ver a reabertura da Villa Windsor.

Pouco mais de um mês após, ele morreu, aos sessenta e nove anos de idade.

E nós pensamos: uma ação precipitada, julgando pelo preconceito racial, quase perde uma joia inigualável!

* * *

Duas grandes lições nesses fatos.
Primeiro, a disposição de Johnson em aprender, em se aprimorar, ao receber a oportunidade.

Segundo, quando se julga somente pela aparência, sem conhecer a riqueza interior da pessoa, sempre incorremos no risco de desprezar diamantes preciosos.

Entendamos que se Deus optou para que tivéssemos cores de pele diferentes, conformações físicas diversas, é para tornar este mundo ainda mais extraordinário, multicor.

E o que nos define não é, absolutamente, nossa origem, a cor da epiderme, mas o que somos na intimidade.

Aprendamos a descobrir as pedras preciosas em nossos relacionamentos.

Redação do Momento Espírita

Em 10.
2.
2023

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