A era da ansiedade – Redação do Momento Espírita 5/5 (3)

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Respire fundo.
Feche os olhos.
Expire sem pressa.

Você é capaz de estar aqui, presente por completo, durante estes cinco minutos?

Poucos de nós conseguimos.
A mente e o coração andam agitados demais e, se o corpo não respirasse sozinho teríamos dificuldade até para inspirar e expirar.

Muitos andamos sobrecarregados emocionalmente.
Incertezas, preocupações, medos – são tantos os nomes que aprendemos a dar.

O mundo nos exige muito: competição desenfreada, satisfações a todos, padrões que mudam toda hora.

Por isso, a raiva surge sem ser convidada e com frequência incômoda.
A impaciência está presente quase sempre.
O mau humor parece que veio para ficar.

Tudo nos incomoda.
Difícil tolerar as pequenas coisas, as pequenas adversidades, os pequenos tropeços dos outros e também os nossos.

Difícil agradar.
Difícil estar sempre bem.
Difícil atender as expectativas.
.
.

Alguns pedimos ajuda.
Resolvemos fazer terapia, tratamentos mais profundos, buscando alguém que nos ensine a nos conhecer e a desacelerar.

Muitos só estamos toleráveis para nós e para os que vivem ao nosso redor graças à medicação.

Vivemos a era dos medicamentos, que atuam no reequilíbrio das emoções, que auxiliam a reorganizar a mente, que se perdeu de uma forma preocupante.

Vivemos a era da ansiedade.

Então, o que podemos fazer por nós? Como conquistar o equilíbrio em meio ao caos de dentro e de fora?

Somente uma reanálise da existência e seus verdadeiros propósitos é capaz de organizar o Espírito em agonia.

Recordar que somos Espírito numa experiência temporária no corpo.
Assim, os ideais espiritualistas, o conhecimento da sobrevivência à morte física, tranquilizam o homem, fazendo com que considere a transitoriedade do corpo e a perenidade da vida.

Buscar aplicar o tempo na aquisição de recursos imortais, de tudo aquilo que levaremos conosco, que nos propicie beleza da alma, que nos traga paz e perfeição.

Guardar, disciplinadamente, intervalos para a meditação diária, mesmo com dificuldade, nos primeiros momentos desse exercício.

Ter a oração como higiene espiritual indispensável, várias vezes ao dia.

Alimentar-se de conteúdos enriquecedores na área da cultura, das artes, dos estudos.
Toda boa palavra ressoando, seguidamente, nas paredes da alma vai lhe alterando os padrões vibratórios.

Desligar-se dos eletrônicos, desconectar-se de tudo que é fonte de ansiedade, a partir de determinado horário do dia, favorecendo a preparação para uma boa noite de sono.

Se desejamos aproveitar melhor o momento do desligamento temporário da noite, quando o Espírito estará em atividade no mundo espiritual, preparemo-nos melhor, programando os sonhos com mais seriedade e compromisso renovador.

Por fim, são válidas ainda, para este momento de ansiedade, de insatisfação, de tormento, as lições do Cristo sobre o amor ao próximo, a solidariedade fraternal e a compaixão.

Com elas, mudamos as energias em torno de nós, instalamos o otimismo renovador, sintonizamos com Espíritos que nos renovam as forças e nos resgatam das armadilhas dos pensamentos ansiosos.

Pensemos nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap.
1, item A ansiedade,

do livro O Homem Integral, pelo Espírito Joanna de Ângelis,

psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed.
LEAL.

Em 18.
8.
2022.

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