154 – A BENEFICÊNCIA – Mensagens de Emmanuel 5/5 (1)

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154 – A BENEFICÊNCIA

A beneficência, meus amigos, dar-vos-á nesse mundo os mais puros e suaves deleites, as alegrias do coração, que nem o
remorso, nem a indiferença perturbam. Oh! Pudésseis compreender tudo o que de grande e de agradável encerra a
generosidade das almas belas, sentimento que faz, olhe criatura as outras como olha a si mesma, e se dispa,
jubilosa, para vestir o seu irmão! Pudésseis, meus amigos, ter por única ocupação tornar felizes os outros! Quais as
festas mundanas que podereis comparar as que celebrais quando, como representantes da Divindade, levais a alegria a
essas famílias que da vida apenas conhecem as vicissitudes e as amarguras, quando vedes nela os semblantes macerados
refulgirem subtamente de esperança, porque, faltos de pão, os desgraçados ouviam seus filhinhos ignorantes de que
viver é sofrer, gritando repetidamente, a chorar, essas palavras, que, como agudo punhal, se lhes enterravam nos
corações maternos: Estou com fome!… Oh! Compreendei quão deliciosas são as impressões que recebe aquele que vê
renascer a alegria onde, um momento antes, só havia desespero!… compreendei as obrigações que tendes para com o
vossos irmãos!… Ide, ide ao encontro do infortúnio, ide em socorro, sobretudo, das misérias ocultas, por serem as mais
dolorosas! Ide, meus bem amados, e tende em mente estas palavras do Salvador: Quando vestirdes a um destes
pequeninos, lembrai-vos que é a mim que o fazeis!
Caridade! sublime palavra que sintetiza todas as virtudes, és tu que hás de conduzir os povos à felicidade.
Praticando-te, criarão eles para si infinitos gozos no futuro e, enquanto se acharem exilados na Terra, tu lhes serás a
consolação, o prelibar das alegrias de que fluirão mais tarde, quando se encontrarem reunidos no seio do Deus de amor.
Foste tu, virtude divina, que me proporcionaste os únicos momentos de satisfação de que gozei na Terra.
Que os meus irmãos encarnados creiam na palavra do amigo que lhes fala, dizendo-lhes: É na caridade que deveis
procurar a paz do coração, o contentamento da alma, o remédio para as aflições da vida. Oh! Quando estiverdes a ponto
de acusar a Deus, lançai um olhar para baixo de vós, vede que de misérias a aliviar, que de pobres crianças sem família,
que de velhos sem qualquer mão amiga que os ampare e lhes feche os olhos quando a morte os reclame!
Quando bem o fazer! Oh! Não vos queixeis, ao contrário, agradecei a Deus e prodigalizai a mancheias a vossa simpatia,
o vosso amor, o vosso dinheiro por todos os que, deserdados dos bens deste mundo, enlanguescem na dor e no
insulamento! Colhereis neste mundo bem doces alegrias e, mais tarde… só Deus o sabe!…
Adolfo, bispo do Argel (Bordéus, 1861)
Do Livro: “O Evangelho Segundo O Espiritismo” – Capítulo XIII – Item 11

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