TERRA-UM PLANO EM REGENERAÇÃO

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Terra: um Plano em Regeneração

O planeta Terra faz parte do grande universo criado por Deus para abrigar os espíritos de diversos graus evolutivos, podendo esses espíritos aqui chegar ainda recém-criados, como é o caso das crianças índigos Cristais que estão encarnando pela primeira vez em grande nímero nesse plano, ou já virem de outras vidas portando uma herança cármica a qual poderão abrandar ao passarem por uma existência terrena.

Dessa forma, podemos considerar que dentre todos os mundos criados pelo nosso pai maior a Terra é considerada como um dos planos inferiores, pois se deduz que os espíritos que aqui encarnam estão enquadrados na classificação espiritual como seres inferiores, ou seja, seres que precisam passar por provações para que somente assim encontrem seu caminho para a verdade espiritual. Salvo raras exceções quando o espírito encarna somente para cumprir missões espirituais, muitas vezes a seu pedido, essa é a regra. Entendo que seja muito difícil para os humanos terráqueos aceitarem essa afirmação, uma vez que se consideram como a espécie mais evoluída do universo, negando, inclusive, a existência de outras espécies de vida que não sejam as suas e as que conhecem nesse seu orbe. E, a bem da verdade, não podemos negar que a espécie humana é realmente privilegiada em relação a outras formas de vida, pois Deus lhes distinguiu com alguns requisitos como, por exemplo, a presença de uma matéria carnal através da qual consegue sentir os prazeres que essa matéria lhe pode conceder, além de um atributo de alta distinção que é o poder de fazer escolhas pelo uso do Livre Arbítrio. Mas será que a humanidade está fazendo jus a esses atributos divinos? Como os homens usam as possibilidades que a matéria carnal lhes oferece? Não precisa ser um bom observador no planeta Terra para, de imediato, responder a essas questões.

Quando as pessoas falam em inferno, cujo significado real é inferior , não sabem que estão se referindo, de certa forma, ao planeta que habitam. Concebem como inferno um outro plano para onde vão os espíritos que ao desencarnarem na Terra, são portadores do peso de muitas ações maléficas que praticaram quando vestiam a matéria carnal. Segundo essa concepção esses espíritos ficarão para sempre sofrendo no inferno sem direito a uma oportunidade de redimirem seus erros passados. Para os que acreditam nessa tese, o inferno é um lugar cheio de fogo, onde existe um demônio maltratando esses espíritos o tempo todo, pois é isso que eles merecem por terem cometido tantos pecados. Essa visão nos indica que o inferno é um lugar material. É como se ao desencarnar, os seres humanos continuassem portadores de matéria e os demônios presentes no inferno se ocupassem de maltratá-los materialmente para que pagassem pelos seus erros. Mas se os demônios são considerados agentes do mal e, no inferno recebem os homens que na Terra praticaram o mal, então essa recepção não deveria ser amigável, já que ambas as partes são maléficas? Não é uma incoerência afirmar que os demônios tratam de forma tão grosseira os seus iguais? Essa é uma das grandes contradições dessa crença.

Outro ponto que podemos discutir é a afirmação de que esses espíritos infratores das leis divinas sejam condenados a permanecer para sempre nesse plano inferior, sofrendo, sem direito a uma nova oportunidade de evolução. E aí podemos perguntar: onde estariam nesse caso a justiça e a bondade divina? Deus seria um pai tão cruel e injusto que não oferecesse a esses seus filhos uma oportunidade de se elevarem na escala evolutiva que ele com tanto amor criou com essa finalidade? Isto não se configuraria como uma grande incoerência?

O certo é que essa crença, fundamentada na Teoria das Penas Eternas, representa a era mais primitiva da humanidade, quando os homens precisavam dessa ameaça  para se educarem e se comportarem como seres humanos, temendo esse caminho de sofrimento após o desencarne. Ela faz parte de uma época em que os homens atuavam como seres primitivos onde a intelectualidade e a moralidade eram apenas suposições consideradas distantes de suas vidas. Graças a essa falta de conhecimentos, acreditavam num Deus raivoso e vingativo que punia com sofrimentos eternos os filhos que não agissem da forma como ele ordenava . Para isso existia esse plano inferior habitado por demônios cruéis que iriam maltratar esses homens para sempre. Não existia uma visão ou um conhecimento do lado espiritual da vida, segundo a qual a responsabilidade com o processo evolutivo humano é somente de cada homem em si e não de Deus ou de outra fonte qualquer. Deus, na sua infinita sabedoria e justiça dá aos homens as condições necessárias para que em suas vidas terrenas consigam desenvolver o seu processo de evolução visando um grau maior de adiantamento intelectual e moral, segundo suas ações. Dessa forma, o aperfeiçoamento humano é responsabilidade de cada ser, se valendo dessas condições que Deus lhe deu, sendo elas doadas de forma igual para todos. O que diferencia os homens nesse sentido é a forma como usam os direitos que Deus de forma justa e bondosa lhes concedeu.

Quanto a permanência eterna em planos inferiores, são tantas as objeções contra ela que nos dias atuais já não mais se concebe a sua veracidade. Deus, sendo pai de todos, a todos assiste e orienta.

Com o avanço do desenvolvimento da humanidade favorecido pela extensão e a socialização dos saberes, temos hoje um homem muito mais informado e conhecedor das verdades sobre as questões espirituais o que faz com que perceba e conceba essas questões de forma mais real e coerente com os dispositivos divinos. Assim, não aceita mais a afirmação de que após seu desencarne irá para um lugar de torturas sendo condenado a lá permanecer eternamente. Sendo conhecedor dos desígnios divinos para a humanidade, esse homem sabe que o espírito ao desencarnar, pode ser direcionado para diversos planos dependendo do seu grau evolutivo no ato do desencarne. Se na sua existência terrena tiver priorizado atitudes que se distanciavam totalmente das leis divinas, ele irá para um plano inferior ao plano terreno, onde lhe será dada a oportunidade de através do arrependimento e da vontade de mudar, ser auxiliado pelos espíritos elevados que estão sempre dispostos a dedicar essa ajuda aos irmãos que queiram continuar ou mesmo começar seu processo evolutivo seja no mundo material ou após o desencarne na vida espiritual. Essa é a justiça divina negada na teoria das Penas Eternas. Dessa forma, esse ser que escolheu refazer seu caminho tanto pode se desenvolver no plano espiritual como pode angariar de Deus uma nova encarnação onde procederá de forma a redimir os carmas acumulados numa encarnação que se findou. Como podemos constatar, a bondade e a justiça divina não negariam a um ser arrependido a oportunidade de se redimir perante todo o mundo espiritual. Se os espíritos ao desencarnarem fossem condenados a sofrimentos eternos, Deus estaria negando a si mesmo, pois ao criar esses espíritos tem como ínico objetivo um processo evolutivo que os aproximem cada vez mais do seu convívio.

Outro ponto que nos cabe discutir aqui é sobre a evolução do espírito de um grau inferior maléfico que lhe confere o título de demônio, podendo chegar a um grau de evolução tão destacado que se elevará de demônio para anjo. Essa é outra questão muito polêmica que surgiu com a crença nas Penas Eternas. O conceito de anjo e demônio está muito relacionado com essa crença, pois segundo ela os espíritos inferiores maléficos serão eternamente maléficos e os anjos já foram criados como anjos. É certo que existem os anjos criados por Deus já com essa distinção e são muitos nessa categoria. Mas os espíritos comuns que inconscientemente, por ignorância ou mesmo por vontade própria seguiram o caminho da maldade, poderão ser postosà prova pela espiritualidade superior e se escolherem o caminho da redenção cármica, poderão se igualar aos anjos na escala evolutiva espiritual. Não são poucos os exemplos dessa evolução aqui no próprio plano terreno. Quantos espíritos ao vestirem uma matéria carnal dela se utilizam para a prática do mal dedicando sua estadia terrena ao materialismo, ao ódio, ao orgulho e até a crimes horrendos e ao retornarem a pátria espiritual demonstram arrependimento e evoluem a ponto de se tornarem espíritos de luz passando a auxiliarem na esfera terrena como mentores espirituais, ajudando no desenvolvimento de bons médiuns a serviço do bem comum? Não nos é permitido exemplificar, mas entre os guias espirituais, anjos guardiões e até mentores que trabalham em outras crenças espirituais foram, quando encarnados no plano terreno, homens considerados trabalhadores das forças maléficas, mas ao se arrependerem e ganharem uma nova oportunidade de encarnar se dedicaram totalmente a missões sacrificiais para o bem o que os elevou a graus de destaques espirituais.

Dessa forma podemos concluir que a teoria das Penas Eternas não tem nenhum fundamento na nova visão espiritualizada que reina atualmente no seio da humanidade. Fruto da evolução do conhecimento trazido aos homens pela codificação do espiritismo por Allan Kardec que traz abaixo muitas das crenças antigas sobre as ações divinas, o castigo atribuído como atitude de punição divina, não tem mais aceitação entre os homens, pois sabem que tudo que lhes acontece tem origem nas suas próprias ações. Para isso existem as leis siderais de ação/reação e causa/efeito. São essas leis que regem todos os seres encarnados nesse plano e somente a elas se deve todos os fatos que nos acontecem. Se quisermos angariar coisas boas, temos que praticar boas ações e o contrário também é verdadeiro.

Mas o importante em toda essa história é que o plano terreno está atualmente em pleno processo de regeneração o que culminará com a sua ascensão ao nível de planeta de regeneração ficando para trás o termo planeta de expiação.

Esse processo teve início quando Deus começou a mandar para esse orbe os seus acessores diretos, espíritos com alto grau de elevação espiritual, para trabalharem com a humanidade o seu processo evolutivo. Entre esses enviados nos chegou ao planeta o seu próprio filho, Jesus, assistido e intuído pelo Cristo Planetário o que lhe deu o nome de Jesus Cristo. Através de suas parábolas Jesus deu continuidade ao trabalho de regeneração do planeta Terra que já havia se iniciado com Moisés. Embora as idéias desses dois enviados diferissem em pontos importantes como, por exemplo, as visões que os dois passavam sobre a divindade e sobre a espiritualidade humana ambos representam ainda hoje o âmago de todo o processo de evolução da humanidade. Enquanto Moisés sugeria um Deus que punia e castigava, por entender que os homens da época precisavam dessa ameaça para se educarem, Jesus já apontava um Deus de amor e bondade, defendendo a justiça e a fraternidade entre os homens. Mas, infelizmente, nem Moisés nem Jesus conseguiram de imediato cumprir seu objetivo primordial que era uma evolução mais eminente da espécie humana. Mas os enviados de Deus continuaram chegando a esse orbe, alguns deles nem foram reconhecidos como tal e passaram despercebidos. Outros se destacaram perante a humanidade sem que, no entanto, seus exemplos tenham sido bastante convincentes para transformar a espécie humana. Nos dias atuais, quando a humanidade finalmente chegou a um patamar mais evoluído intelectualmente embora essa evolução deixe muito a desejar quanto ao aspecto moral, os homens já são considerados aptos a compreenderem e aceitarem os ensinamentos de Cristo como um farol a iluminar seus caminhos. Nesse caso foi enviado pelo próprio Jesus o Consolador Prometido representado pela falange dos Espíritos de Verdade, o qual já fora anunciado por Jesus quando da sua passagem pelo orbe terrestre.

Diante dessa situação, Deus na sua infinita justiça e sabedoria, está deixando a cargo da própria humanidade a escolha de suas ações através do uso do livre arbítrio, e colocandoà prova seus filhos em mais uma tentativa de transformação dos seres humanos. Não se admite mais nessa época que os seres humanos usem como desculpa para suas ações erradas a ignorância ou a falta de conhecimento, pois as condições para que esses fatores ajudem no crescimento espiritual e moral dos homens é uma constante em todo o plano terreno. A socialização e a divulgação dos saberes passa por um grande avanço o que propicia aos seres humanos uma facilidade ímpar de aprendizagens em todos os ramos da sabedoria humana. Se o homem ainda sofre por doenças materiais ou espirituais, se ainda impera no planeta a miséria e a fome, se a violência ainda é tão praticada das formas mais injustas possíveis, se deve ínica e exclusivamente ao fortalecimento dos instintos animalescos pelos próprios seres humanos e não a falta de conhecimento das questões espirituais, pois essas são amplamente divulgadas por todos os meios de comunicação terrestre, sem falar no desenvolvimento de médiuns habilitados para receber mensagens educadoras dos próprios espíritos através da psicografia ou da psicofonia. Por isso, atualmente os acontecimentos no plano terreno são responsabilidade da própria humanidade, sejam para o bem ou para o mal. Todos os tormentos e catástrofes das quais o planeta é vítima atualmente, tem como ínica causa as ações irracionais dos próprios homens e fazem parte do processo de regeneração do planeta no aspecto físico. Esperemos agora que a regeneração da humanidade em relação aos aspectos espirituais e morais também se acelere para o bem de todos.

Autor Espiritual: Um Espírito Protetor

Pela Médium Eunice Gondim

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